De acordo com a aposentada Dolores Martins, os corpos aparecem sempre nos finais de semana. “Logo pela manhã, a cena é triste. São vários gatos bem cuidados, alguns de raça, espalhados pelo terreno. É horrível”, diz ela. O produtor de eventos José Carlos Morais, sobrinho de Dolores, suspeita que os animais estejam sendo mortos em várias regiões da cidade. “Entre os animais mortos, há gatos muito bem tratados e que dificilmente viviam na rua”, afirma ele.
Um carro de som está percorrendo as ruas da cidade distribuindo panfletos e alertando os moradores sobre a morte dos animais. Em mensagem gravada, está sendo solicitadas informações sobre suspeitos do envenenamento e sobre o desaparecimento de animais. A polícia militar informou que a morte dos gatos não foram comunicadas oficialmente, mas pede que os moradores que tenham animais desaparecidos procurem a delegacia para elaboração de boletim de ocorrência.
Comissão
Em Campo Mourão, a 15 quilômetros de Peabiru, o diretor do câmpus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecilcam), publicou portaria determinando a constituição de uma sindicância interna para verificar denúncias de que funcionários da instituição de ensino estariam planejando envenenar um gato que apareceu no local no inicio do ano. As denúncias foram publicadas em um site da internet.
A professora Larissa Mattos, do curso de Turismo e Meio Ambiente, que preside a sindicância, disse que o trabalho foi concluído ontem, mas que não tinha autorização para revelar os resultados. Ela, porém garantiu que o gato, de cor negra, continua vivo e visitando o campus, sem ser importunado. Durante a apuração do caso, foram ouvidos estudantes, funcionários e professores.
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