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Rede de restaurantes de Goiás é acusada de maus-tratos contra Animais


A rede de restaurantes Jerivá, que possui unidades em diferentes cidades do Estado de Goiás, se tornou centro de polêmica na tarde desta quinta-feira (8) após surgirem na Internet denúncias de maus-tratos contra animais que teriam sido cometidos por funcionário de uma de suas unidades.
Segundo relato publicado no Facebook pela professora Yasmin Cabedo, uma gata adulta e dois filhotes foram colocados em um saco por um trabalhador da unidade da BR-060, sentido Goiânia, que dizia ter ordens para se livrar dos animais.

 Ao Mais Goiás, Yasmin conta que quem presenciou a cena e resgatou os gatos foi uma amiga sua, que preferiu não vir a público sobre o caso. No entanto, ela relatou o ocorrido a amigos que se comoveram e resolveram protestar contra a empresa.

 “Ela estava voltando de Brasília e parou no Jerivá, algo comum para quem faz o trajeto para Goiânia. Quando estava entrando, viu uma gata muito magra na porta com alguns gatinhos”, conta Yasmin. “Então, quando ela já estava saindo, viu um funcionário colocando os gatos em um saco desses de cimento. Ela foi perguntar o que ele estava fazendo e ele disse que precisava se livrar dos animais, que eles não poderiam ficar lá.”

 Revoltada com a situação, a mulher não permitiu que o funcionário fosse embora com os animais e resolveu levá-los para casa. “Não sabemos se esse tipo de ação é uma política da empresa ou se foi ideia de algum dos funcionários, mas mostra que a empresa não impõe nenhum valor com relação a isso”, critica a professora.

 Após tentar contato com a unidade em questão sem obter resposta, a redação efetuou ligações para diferentes restaurantes da rede, por diversas vezes, mas nenhuma foi atendida. Pelo Twitter, porém, a empresa respondeu sobre o caso. Sem negar as acusações, eles afirmaram que o ocorrido não é uma conduta comum. “Em nossas redes você pode observar que inclusive adoramos todos os animais. Porém temos funcionários com as mais distintas culturas e formações”, justificaram.

 ADOÇÃO

No momento, os animais continuam com a mulher que os resgatou. Porém, logo eles devem ser colocados para adoção.

 Yasmin, que faz parte de um grupo que cuida de animais desamparados, afirma que pessoas sensibilizadas com o caso estão unindo forças para dar um final feliz à história. “A gente tem algumas parcerias com clínicas que ajudam com as adoções. Vamos providenciar vermifugação, vacinação e castração com a ajuda das pessoas que fazem doações para que eles possam ser disponibilizados para adoção em boas condições”, diz.

 A professora afirma que situações como essas demonstram que as pessoas precisam se conscientizar que animais não devem ser tratados como objetos. “Se não querem que fiquem no estabelecimento, devem investir em fazer a captura, castração e devolução. Não adianta envenenar ou jogar dentro de saco”, desabafa.

 Mesmo revoltada com o ocorrido, Yasmin diz que nem ela nem a amiga pretendem procurar a polícia sobre o caso. “Denúncias sobre maus-tratos a animais não costumam dar em nada. Eles pedem um monte de coisas e sequer aparecem para investigar. Além disso, precisaríamos de imagens, e o Jerivá não vai cedê-las”, diz.

 Ainda assim, o delegado Luziano de Carvalho, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente de Goiânia (Dema), afirma que os abusos relatados se enquadram no estabelecido no artigo 32 da lei 9.605. “Esse artigo trata sobre maus-tratos, ferimentos e mutilações em animais. Colocar dentro de um saco é uma forma de tratamento cruel, que pode causar a morte dos animais”, afirma, salientando que seria necessário averiguar, também, que destino que aquele funcionário daria para os gatos.

 Conforme o delegado, uma investigação sobre o caso poderia ser aberta caso uma denúncia fosse formalizada junto à Dema.

 Fonte: Mais Goiás

http://www.anda.jor.br/

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